Os Lençóis Maranhenses, carinhosamente chamados de Deserto Brasileiro, se destacam por sua singularidade, com altos índices de chuva que criam lagoas de água doce entre as dunas. Situado a aproximadamente 250 km de São Luís, o Parque Nacional é um espetáculo de beleza surpreendente, onde a fina areia branca se funde com o céu azul em um horizonte sem limites.

Atividades e lagoas imperdíveis no Parque Nacional

Um dos principais atrativos é a Lagoa Bonita, que se destaca por ser um dos pontos mais altos do parque. Apesar da subida íngreme, uma escada foi instalada para facilitar o acesso ao topo, onde a vista panorâmica exibe a vastidão do Maranhão, tornando-se o lugar perfeito para admirar o pôr do sol.

Localizado no Maranhão, o destino une beleza única, natureza preservada e experiências inesquecíveis.

Em contraste, a Lagoa Azul conquista os visitantes com sua água cristalina e profundidade, ideal para banhos relaxantes. O caminho até a lagoa passa por trilhas de areia adornadas com vegetação de restinga, evidenciando a rica fauna e flora desta área do Nordeste.

Cidades-base para os turistas

Barreirinhas é o principal ponto de entrada, oferecendo a melhor infraestrutura de hotéis, agências e comércio para os visitantes. Aqueles que buscam um ambiente mais tranquilo podem escolher Santo Amaro, famosa por suas lagoas menos frequentadas.

Para quem deseja uma experiência rústica e autêntica, o vilarejo de Atins é a escolha ideal, combinando uma gastronomia sofisticada com atividades ao ar livre. Conheça as características de cada local para ajudar na sua decisão de hospedagem no Maranhão:

  • Barreirinhas: Perfeito para quem busca serviços completos e fácil acesso ao Rio Preguiças.
  • Santo Amaro: Ideal para os que desejam as lagoas mais amplas e profundas do parque.
  • Atins: Um ponto de encontro popular para praticantes de Kitesurf e amantes do estilo de vida mais simples.

Se o seu sonho é explorar as dunas e lagoas de águas límpidas, reconhecidas pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade, não deixe de assistir ao vídeo do canal Rolê Família, que já conta com mais de 450 mil visualizações. O documentário revela em detalhes as três bases — Santo Amaro, Atins e Barreirinhas — e oferece uma visão que vai muito além das paisagens convencionais:

Melhor época e condições climáticas do Maranhão

O clima no Maranhão é quente durante todo o ano, com temperaturas que raramente descem dos 25°C, mesmo durante as madrugadas. Segundo o Climatempo, a época ideal para visitar é entre maio e agosto, quando as chuvas diminuem e as lagoas atingem seu máximo.

Uma tabela climática organizada por períodos pode ajudá-lo a preparar sua mala com roupas leves e proteção solar adequada.

Como chegar aos Lençóis Maranhenses a partir de São Luís

A viagem de carro a partir de São Luís é feita principalmente pela rodovia MA-402, a Translitorânea, em um percurso que leva cerca de quatro horas. A estrada é asfaltada e bem sinalizada, utilizada tanto por ônibus de linha quanto por transfers privativos que recolhem turistas no aeroporto.

Para chegar a Atins, é necessário fazer a travessia final em lanchas rápidas pelo Rio Preguiças, oferecendo um passeio extra pela região dos Pequenos Lençóis. O acesso a Santo Amaro foi facilitado recentemente com a pavimentação do trecho inicial, eliminando a necessidade de veículos 4×4.

As paisagens dos Lençóis Maranhenses parecem irreais, atraindo turistas em busca de aventura e contemplação.

Lençóis Maranhenses: um convite irresistível com paisagens únicas

A calorosa hospitalidade do Maranhão assegura uma recepção especial, com sabores típicos como camarão da malásia e arroz de cuxá, que enriquecem ainda mais a experiência. Visitar este destino é admirar a grandiosidade da preservação ambiental e a beleza de um ecossistema único no Brasil.

Aqui estão três razões principais que tornam essa região um destino imperdível para viajantes de todo o mundo:

  • Contraste Visual: a combinação do branco puro das dunas com as cores vibrantes das lagoas de água doce.
  • Pôr do Sol: considerado um dos mais belos do planeta, refletido nas águas e nas areias do Maranhão.
  • Conexão com a Natureza: através de caminhadas silenciosas e banhos revigorantes em santuários ecológicos protegidos.

(Reuters) – Na última segunda-feira, o Japão avançou de forma significativa ao aprovar, por meio de uma votação regional, a reativação da maior usina nuclear do mundo, sinalizando um passo importante no retorno do país à energia nuclear, quase 15 anos após o trágico desastre de Fukushima.

O complexo de Kashiwazaki-Kariwa, localizado a cerca de 220 km a noroeste de Tóquio, foi um dos 54 reatores fechados após o terremoto e tsunami de 2011, que provocaram a devastação da usina de Fukushima Daiichi, o desastre nuclear mais grave desde Chernobyl.

Desde então, o Japão conseguiu reiniciar 14 das 33 usinas que ainda permanecem operacionais, como parte de seus esforços para reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados. A usina de Kashiwazaki-Kariwa será a primeira a ser operada pela Tokyo Electric Power Co (Tepco), que estava à frente da usina de Fukushima.

Durante a votação, a assembleia da província de Niigata concedeu um voto de confiança ao governador Hideyo Hanazumi, que endossou a retomada das atividades no mês anterior, possibilitando que a usina volte a operar.

‘Este é um marco, mas não o fim do caminho’, ressaltou Hanazumi a jornalistas após a votação. ‘A luta pela segurança dos moradores de Niigata continua.’

A última sessão da assembleia do ano, embora tenha demonstrado apoio aos legisladores, também revelou divisões na comunidade sobre a reativação da usina, apesar das promessas de novos empregos e tarifas de energia mais baixas.

Um parlamentar da assembleia, que se opôs à reativação, declarou: ‘Isso representa apenas um acordo político que ignora a vontade dos habitantes de Niigata’.

Do lado de fora, cerca de 300 manifestantes se reuniram, levantando faixas com frases como ‘Não às armas nucleares’ e ‘Apoiem Fukushima’.

‘Estou verdadeiramente indignado, do fundo do meu coração’, disse Kenichiro Ishiyama, um manifestante de 77 anos de Niigata, logo após a votação. ‘Se algo acontecer na usina, seremos nós a arcar com as consequências.’

A Tepco planeja reativar o primeiro dos sete reatores da usina em 20 de janeiro, conforme informou a emissora pública NHK.

A usina de Kashiwazaki-Kariwa tem uma capacidade total de 8,2 GW, que é suficiente para abastecer milhões de residências. A previsão é que uma unidade de 1,36 GW comece a operar no próximo ano, e outra igual em torno de 2030.

‘Estamos firmemente comprometidos a garantir que um acidente semelhante nunca mais ocorra e que os residentes de Niigata não tenham que enfrentar experiências semelhantes novamente’, afirmou o porta-voz da Tepco, Masakatsu Takata.

As ações da Tepco fecharam em alta de 2% na bolsa de Tóquio, superando o índice Nikkei, que cresceu 1,8%.

Resistência da população local

No início deste ano, a Tepco anunciou um investimento de 100 bilhões de ienes (cerca de US$ 641 milhões) na prefeitura nos próximos dez anos, buscando ganhar o apoio dos moradores de Niigata.

No entanto, uma pesquisa recente divulgada pela prefeitura revelou que 60% dos moradores estão céticos quanto ao cumprimento das condições necessárias para a retomada das operações. Quase 70% expressaram preocupações em relação à Tepco operando a usina.

Ayako Oga, de 52 anos, se estabeleceu em Niigata após ter fugido da zona em torno da usina de Fukushima em 2011, junto com 160.000 evacuados. Sua antiga casa estava na zona de exclusão irradiada de 20 km.

‘Nós conhecemos de perto os riscos de um acidente nuclear e não podemos ignorá-los’, disse Oga, ressaltando que ainda sofre de sintomas relacionados ao estresse pós-traumático devido ao que ocorreu em Fukushima.

Até mesmo o governador Hanazumi anseia por um futuro em que o Japão reduza sua dependência da energia nuclear. ‘Espero um tempo em que não precisemos mais de fontes de energia que causam apreensão’, afirmou ele no mês passado.

Na noite desta segunda-feira (22), o foguete sul-coreano HANBIT-Nano explodiu apenas segundos após seu lançamento no Centro de Lançamento de Alcântara, localizado no Maranhão. Este acontecimento impediu que se realizasse o primeiro lançamento de um foguete orbital a partir do Brasil desde o ano de 1999.

Imediatamente após a decolagem, foram registradas imagens de uma grande nuvem de fogo envolvendo o veículo, evidenciando a perda total do foguete. Até o presente momento, as causas do desastre ainda não foram esclarecidas, e a Força Aérea Brasileira não se manifestou oficialmente sobre o incidente.

Essa tentativa de lançamento fazia parte de uma colaboração inédita entre o Brasil e uma empresa privada estrangeira, sendo vista como um avanço significativo na recuperação de projetos espaciais no país. No entanto, o fracasso dessa operação representa um revés, já que não são realizadas tentativas de lançamentos orbitais desde 2003, quando um acidente similar interrompeu as atividades.

Em 2003, uma explosão de um foguete ainda em solo provocou a morte de 21 pessoas e paralisou as operações em Alcântara por vários anos. Apesar dos desafios, o governo brasileiro se mostra comprometido em rehabilitar a base, que é tida como estratégica devido à sua localização próxima à linha do Equador.

O HANBIT-Nano é um lançador orbital de dois estágios, projetado para transportar até 90 quilos de carga útil a uma órbita de cerca de 500 quilômetros de altitude. O projeto envolveu a colaboração de 247 profissionais, sendo 102 deles engenheiros atuando nas áreas de pesquisa e desenvolvimento.

Com altura de 21,8 metros e diâmetro de 1,4 metro, este foguete pertence a uma nova gama de lançadores menores, voltados para missões mais rápidas e econômicas. Essa tecnologia é especialmente direcionada ao mercado de pequenos satélites, que cresce e se expande de maneira global.

A tentativa de lançamento que ocorreu recentemente foi marcada pelo terceiro adiamento feito pela FAB, decorrente de um funcionamento anormal intermitente em uma válvula de ventilação do tanque de metano líquido no segundo estágio, identificada durante o abastecimento do foguete.

Anteriormente, o lançamento foi remarcado do dia 17 para 19 de dezembro devido à necessidade de substituir um componente no sistema de resfriamento do primeiro estágio. Inicialmente, a decolagem estava programada para 22 de novembro, mas também foi adiada por falhas intermitentes observadas em testes aviônicos realizados pela FAB.

MEC divulga cronograma do Sisu 2026.
Foto: Reprodução/Antônio Cruz/Agência Brasil

MEC divulga cronograma do Sisu 2026.

Hoje, dia 23, o Ministério da Educação (MEC) revelou o edital do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2026, que traz o calendário e os critérios para o processo seletivo. A principal inovação este ano é a consideração do melhor desempenho nas três edições mais recentes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Na edição de 2026, o Sisu pautará a disponibilização de 274,8 mil vagas em 7.388 cursos em 136 instituições de ensino superior em todo o país. O MEC informa que esta será a edição com o maior número de estabelecimentos de ensino envolvidos desde que o programa foi criado.

Período de Inscrições do Sisu 2026

As inscrições para o processo seletivo poderão ser realizadas entre os dias 19 e 23 de janeiro, através do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

A primeira chamada do Sisu 2026 está agendada para o dia 26 de janeiro de 2026, e as matrículas terão início em 2 de fevereiro.

Quem pode se inscrever?

Podem participar do Sisu 2026 apenas aqueles candidatos que completaram o Ensino Médio e que não zeraram a redação no Enem. Cada candidato tem a opção de se inscrever em até duas alternativas de cursos.

Para mais informações, os interessados devem consultar o edital do Sisu 2026.

Leia mais.

Quase R$ 2 milhões foram apreendidos durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão

Cerca de R$ 500 mil foram apreendidos durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão

Na manhã de segunda-feira, dia 22, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão (MPMA) deu início à Operação Tântalo II. Essa ação resultou na execução de 51 mandados de busca e apreensão, além de 21 mandados de prisão. Em um único alvo em São Luís, foram apreendidos cerca de R$ 2 milhões.

Essas ordens foram emitidas pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, conforme decisão da desembargadora Maria da Graça Peres Soares Amorim. A operação se trata de um desdobramento de uma ação anterior, a Operação Tântalo, realizada em fevereiro desse ano.

O total dos danos causados ao erário está estimado em R$ 56.328.937,59, e o bloqueio desse montante foi autorizado pela justiça.

Operação foi deflagrada na manhã desta segunda-feira

Conforme o procedimento investigativo iniciado pelo Gaeco, há indícios da prática de diversos crimes, incluindo organização criminosa, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro, todos ocorridos durante a gestão do ex-prefeito José Paulo Dantas Filho (Paulo Curió) no município de Turilândia.

As investigações envolvem um número considerável de empresas, entre elas Posto Turi, SP Freitas Júnior LTDA, Luminer e Serviços LTDA, MR Costa LTDA, AB Ferreira LTDA, Climatech Refrigeração e Serviços Ltda, além de várias pessoas físicas, servidores públicos e agentes políticos.

Infográfico gerado com auxílio de IA

A operação contou com a colaboração de promotores de justiça do Gaeco nos núcleos de São Luís, Timon e Imperatriz, além do apoio das Polícias Civil e Militar do Maranhão. Também participaram da ação promotores do Gabinete, da Assessoria Especial de Investigação do Procurador-Geral de Justiça, do Gaesf (Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal) e das comarcas de Santa Helena, Açailândia, Lago da Pedra, Raposa, Anajatuba, Viana, São Bernardo, Maracaçumé, Pinheiro, Morros, Buriticupu, Bacabal, Vargem Grande, Arari, Imperatriz, São Francisco do Maranhão e São Luís. A Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (CAEI-MPMA) também ofereceu suporte nas operações.

Os documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos passarão por análise do Gaeco e do Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), com a finalidade de compor provas para uma possível acusação contra os envolvidos.

ORIGEM DO NOME

A denominação da Operação Tântalo está relacionada à figura mitológica de Tântalo, que foi condenado a uma punição eterna. No mito, ele permanecia em um lago com água e frutas ao alcance, mas não conseguia satisfazer sua sede ou fome. Essa metáfora alude ao esquema investigado, em que os recursos públicos destinados a contratos de fornecimento não trazem benefícios reais para a população.

Por Valter Mattos da Costa*

Chegou o fim do ano letivo, o tempo de se fazer retrospectivas. Contudo, na realidade da docência brasileira, essas memórias não se aproximam das composições emocionantes repletas de trilhas sonoras e imagens nostálgicas.

A verdadeira Retrospectiva docente resume-se em planilhas, atas, relatórios, plataformas que não funcionam e uma montanha de pendências com prazos impossíveis de atender.

Neste encerramento de ano, os professores enfrentam uma pressão imensa para aprovar alunos em massa, sem levar em conta o desempenho acadêmico real. Aprovar tornou-se uma questão administrativa; reprovar se transformou quase em um pecado moral.

É essencial visualizar o aluno como um ser humano e social que vai além dos muros da escola. A retenção não deve ser uma forma de vingança institucional; ela é, na verdade, um critério velado de sadismo. A progressão, mesmo com algumas dependências, pode ser um elemento de um contínuo processo de ensino-aprendizagem.

Pessoalmente, quase nunca reprovo alunos. No entanto, há uma clara distinção entre a progressão pedagógica legítima e a aprovação fabricada para que o governo possa exibir bons números no IDEB.

Quando o destino escolar de um aluno se transforma em uma peça publicitária que visa à “melhoria de desempenho”, o debate educacional cede lugar a discussões superficiais. Ao invés de perguntar “o que o aluno realmente aprendeu?”, a questão se altera para “o que o sistema precisa mostrar?”. O professor, que deveria ser o artífice do aprendizado, se transforma em um simples operador de resultados.

Com o final do ano, os docentes não olham para suas conquistas, mas sim para a quantidade de comprimidos que tomaram ao longo do período — uma reflexão alarmante sobre a saúde mental na profissão.

Um levantamento recente da Agência Brasil, publicado em dezembro de 2025, indica um crescimento alarmante no número de afastamentos por questões de saúde mental. Ao analisarmos essa realidade, não há poesia, apenas uma série de códigos e laudos médicos.

Um estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, também divulgado em dezembro de 2025, revelou que os professores afastados devido a causas ocupacionais enfrentam elevados índices de ansiedade e estresse, o que aponta para um quadro de adoecimento que já se tornou estrutural, e não mais pontual.

A sala de aula se transformou em um espaço de resistência emocional. Ensinar demanda desejo — e desejo não é apenas motivação; é a força interna que sustenta o professor em um mundo que exige demais e retribui pouco.

Entretanto, em 2025, esse desejo foi drenado e reprocessado como culpa.

Quando uma turma se descontrola, quando surgem conflitos ou o aprendizado não acontece, a culpa frequentemente recai sobre o professor. “Faltou manejo”, “faltou jogo de cintura”, “faltou preparo emocional” — são algumas das justificativas; na prática, o sistema falha, mas quem arca com as consequências é sempre o educador.

E surge nesse contexto o humor involuntário, aquele que nos faz rir para não explodir de frustração. Em janeiro, o governo anunciou um aumento no piso salarial do magistério de apenas 6,27%, com o novo valor fixado em R$ 4.867,77 para uma jornada de 40 horas. Nesse momento, parece que o país finge ter resolvido a valorização do docente.

Enquanto uma parte do Brasil celebra esse aumento como um grande avanço, outra parte descobre que esse piso é uma espécie de ilusão: ele existe no papel, mas não chega na prática ao bolso do professor. E quando isso não ocorre, é encarado não como uma violação, mas sim como “dificuldades fiscais”, uma série de justificativas que tentam amenizar a situação. Essa miséria semântica possui um tom peculiar: altera-se o nome do problema e todos agem como se nada tivesse acontecido.

Enquanto isso, as condições de trabalho permanecem — ou se agravam. A escola pública vive um paradoxo cômico; exige-se inovação e eficiência ao mesmo tempo em que se oferece salas superlotadas, estruturas precárias, falta de profissionais e um controle burocrático crescente. O professor trabalha sob a pressão de múltiplos olhares: do sistema, da família, das redes sociais, sempre exposto a câmeras que filmam e algoritmos que avaliam. Ensinar torna-se um ato realizado em um campo minado, onde qualquer palavra pode ser distorcida em uma denúncia.

Valorização do professor

O ano de 2025 trouxe dados alarmantes sobre violência e censura. Uma pesquisa do Observatório Nacional da Violência contra Educadores (UFF) revelou que nove em cada dez professores já vivenciaram ou presenciaram episódios de violência e censura enquanto desempenhavam suas funções.

Esse dado é tão impactante que parece uma piada de mau gosto — mas é a realidade estatística. A escola, que deveria ser um local de reflexão, transforma-se, em muitas regiões, em um espaço de atenção com as palavras, não por um refinamento intelectual, mas por medo.

Falar sobre o medo não é uma metáfora; a violência escolar não se limita a “brigas de alunos”, mas representa um ambiente social repleto de desigualdade e conflitos. Em abril de 2025, a CNN Brasil noticiou que a violência nas escolas resultou em pelo menos 47 mortes desde 2001, e dados do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania mostraram que as vítimas de violência interpessoal nas escolas aumentaram de 3.700 (2013) para 13.100 (2023).

Esse crescimento não é uma percepção, mas uma realidade crescente. Quando o país discute a violência escolar como uma questão de estado, isso não se deve a um mero interesse acadêmico.

O próprio Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania registrou que o Disque 100 recebeu mais de 1.200 denúncias de agressões a professores em 2023, e a discussão sobre o aumento da violência nas escolas se torna uma pauta institucional. Nesse contexto, o professor torna-se alvo e amortecedor: espera-se que a educação absorva as tensões sociais e promova uma “cultura de paz” apenas com giz e boa vontade.

Entretanto, 2025 também trouxe cenas de brutal clareza. Em outubro, um pai agrediu um professor em uma escola do Distrito Federal, após a repreensão de uma aluna por uso de celular; o caso foi filmado e amplamente comentado pela mídia.

Esse incidente representa a queda da autoridade pedagógica: o professor é visto como o “inimigo conveniente”, a figura que pode ser agredida, como se ninguém fosse responsabilizado pela sua proteção. As escolas se tornam locais de acerto de contas, e o docente é submetido à vulnerabilidade — uma herança que a extrema-direita nos legou com seu discurso anti-intelectualista.

Desse modo, a docência é empurrada para um estado insustentável, onde precisa “garantir a aprendizagem” e, ao mesmo tempo, “não gerar conflitos”; precisa “formar senso crítico” e “evitar a polêmica”; precisa “acolher” e “manter a disciplina”; precisa “incluir” e “não ter recursos”.

O professor se transforma em uma função, não sendo mais um sujeito, mas uma peça que carrega um peso esmagador. E quando a mente sobrecarregada colapsa, a responsabilidade é atribuída a uma fragilidade individual, que é o estado ao qual os professores foram conduzidos em 2025.

A crise de saúde mental entre educadores foi amplamente divulgada ao longo de 2025. A revista Você S/A, por exemplo, destacou em julho que depressão e burnout estão entre as principais causas de afastamento de professores, apontando um levantamento da CNTE baseado em dados do INSS.

Ao usar dados históricos para ilustrar essa tendência, o que se vê em 2025 é a consolidação de uma normalidade adoecida: trabalhar até chegar ao esgotamento, adoecer com a culpa, retornar ao trabalho por necessidade e reiniciar o ciclo.

No final do ano, o amargo sabor da retrospectiva: o professor não apenas enfrenta uma jornada pesada de trabalho e baixos salários; também lida com uma coerção simbólica e um cenário instável.

Relatos e análises sobre a precarização, contratos temporários e punições administrativas surgem em estudos e repercussões de 2025, destacando mecanismos que geram instabilidade psicológica e fragmentam o coletivo docente.

Quando as relações se tornam frágeis, a voz do professor também se fragiliza: ele se cala para se autopreservar. O educador aprende que sobreviver se torna uma forma de disciplina.

O resultado é uma escola que se transforma em um teatro peculiar: de um lado, discursos sobre excelência e inovação, do outro, a dura realidade do medo, da sobrecarga e do adoecimento. O professor, ao final de 2025, fecha um livro que não leu, mas carregou consigo – carregou estatísticas, expectativas, conflitos, cobranças e o mal-estar do mundo. E, quando dezembro chega, ainda se espera que ele exiba um sorriso de “missão cumprida”. Missão cumprida para quem? Talvez para aqueles que oprimem…

A retrospectiva docente para o ano de 2025 é a prova de quanto o país exigiu da educação e ofereceu quase nada em troca. Um piso salarial apresentado como troféu, enquanto a realidade nega a grandeza dessa conquista.

Uma sala de aula transformada em espaço de tensão, onde a violência possui números alarmantes, as denúncias possuem um canal e a censura se estabelece como uma regra. Uma saúde mental deteriorada, com um aumento no número de afastamentos e a prevalência da ansiedade e estresse entre educadores afastados por motivos profissioinais.

E uma pedagogia cada vez mais forçada a se adaptar às métricas e à fachada pública (a Pedagogia da Métrica). Se isso é fim do ano letivo, é também o fim da linha para muitos na docência—não em um sentido trágico, mas social: é o fim da linha da paciência, do desejo e da crença de que é possível sustentar a educação pública com a romantização da vocação.

A tradição da imprensa gosta de retrospectivas, pois elas permitem escolher o que se comemora. Na docência, a retrospectiva de 2025 é o que resta quando se remove a maquiagem do discurso e se revela a essência da realidade.

E assim, seguimos rumo às confraternizações de fim de ano, como se nada tivesse ocorrido…

Carinhosamente chamada de Ilha do Amor ou Atenas Brasileira, a encantadora São Luís se destaca por ser a única cidade brasileira fundada por franceses, com uma população de aproximadamente 1,1 milhão de pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com uma extensão de cerca de 583 km², a capital do Maranhão proporciona uma combinação autêntica de história colonial, modernidade e natureza exuberante ao longo da costa nordestina.

São Luís: um lugar com qualidade de vida que atrai novos residentes

Viver em São Luís significa aproveitar uma rotina em que a brisa do mar alivia as altas temperaturas, enquanto a agitação urbana se mescla à serenidade da cidade. Com um custo de vida relativamente acessível quando comparado a outros centros urbanos da região, a cidade garante acesso a serviços de educação e saúde de qualidade sem estourar o orçamento familiar.

A expansão do mercado imobiliário em bairros planejados oferece segurança e conforto, enquanto a hospitalidade da população local favorece a integração dos novos habitantes. Assim, São Luís se torna o local ideal para quem busca um balanço entre crescimento profissional e qualidade de vida à beira-mar.

São Luís, uma beleza natural e bem-estar
São Luís, capital maranhense, conquista com bem-estar e beleza natural // Créditos: depositphotos.com / xura

Experiências turísticas que você não pode perder

O turismo em São Luís proporciona uma experiência rica e imersiva no Centro Histórico, conhecido por suas construções adornadas com azulejos e ruas de pedra que narram a história do Brasil. Para momentos de lazer e boa gastronomia, a Avenida Litorânea se destaca como um ponto de encontro ideal, contando com quiosques bem estruturados e uma vista deslumbrante do oceano.

Aqui estão algumas das atrações que revelam o encanto deste destino:

  • Palácio dos Leões: Sede do governo estadual, um monumento repleto de luxo e arte aberto à visitação.
  • Teatro Arthur Azevedo: Um dos templos mais antigos e bem preservados da arte cênica do Brasil.
  • Praia do Calhau: O lugar preferido pelos locais para banhos e a prática de esportes aquáticos.
  • Casa das Tulhas: Mercado tradicional onde é possível encontrar artesanato, tiquira e camarão seco.

Para quem deseja conhecer o Maranhão de forma econômica, não perca o vídeo do canal Raphael Camposo, onde ele apresenta os custos e um roteiro essencial de 4 dias por São Luís:

O clima tropical e sua influência no cotidiano local

Situada próxima à Linha do Equador, São Luís desfruta de um clima tropical quente durante o ano todo, com dias ensolarados que incentivam as atividades ao ar livre. A brisa constante vinda do Atlântico torna a sensação térmica ainda mais agradável, favorecendo o turismo e a prática esportiva.

A seguir, confira os dados climáticos da cidade, de acordo com informações do Climatempo:

Cultura e tradições que fazem a diferença

Carinhosamente apelidada de “Jamaica Brasileira”, São Luís pulsa ao som do reggae, um estilo musical que aqui ganha um toque especial, onde as pessoas dançam de uma maneira única. Essa identidade musical se espalha por clubes e praças, criando uma atmosfera de celebração que une gerações e encanta os visitantes com sua autenticidade.

Os icônicos azulejos portugueses nas fachadas dos sobrados antigos não apenas são bonitos, mas também desempenham a função de garantir conforto térmico e impermeabilizar as paredes contra a umidade trazida pelos ventos marítimos.

Como chegar à capital maranhense com facilidade

O Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado é a principal via de entrada, recebendo voos diários de várias partes do Brasil. A rodovia BR-135 é a única ligação terrestre da ilha com o continente, enquanto o acesso marítimo é feito através do Porto do Itaqui e ferry-boats que conectam São Luís à Baixada Maranhense e Alcântara.

São Luís é um ambiente harmonioso de tradição e cultura
São Luís é um ambiente onde o mar, a cultura e a tradição se combinam de forma natural // Créditos: depositphotos.com / xura

Prepare-se para momentos inesquecíveis no Maranhão

Optar por São Luís como destino é abrir as portas para uma vivência rica em sabores, sons e paisagens que ficarão para sempre gravadas na memória. A cidade está pronta para acolher todos que buscam tanto o sossego das praias quanto a vibrante cultura de um patrimônio mundial.

Para garantir que sua visita ou mudança seja perfeita, leve em conta os seguintes aspectos que definem a cidade:

  • A infraestrutura turística disponibiliza uma história rica com praias urbanas agradáveis, atendendo a todos os tipos de viajantes.
  • O clima quente e os ventos constantes tornam possível aproveitar as belezas naturais e a orla em qualquer época do ano.
  • A energia contagiante do Bumba-Meu-Boi e do reggae proporcionam uma conexão humana calorosa e cheia de vitalidade.

Uma nova pesquisa divulgada pela AtlasIntel nesta sexta-feira, dia 19, indica que o prefeito de São Luís (MA), Eduardo Braide (PSD), ostenta a mais alta taxa de aprovação entre todos os prefeitos das capitais brasileiras, com 82% da população local aprovando sua gestão.

Em contraste, a prefeita de Campo Grande (MS), Adriane Lopes (PP), registra a menor taxa de aprovação, com apenas 14% de apoio.

Ao analisar as aprovações em diferentes regiões do país, observamos que Antonio Furlan (MDB), de Macapá (AP), é o campeão no Norte, com 78%; Abílio Brunini (PL), de Cuiabá (MT), brilha no Centro-Oeste com 54%; Eduardo Paes (PSD), do Rio de Janeiro (RJ), é o mais bem avaliado no Sudeste, alcançando 59%; e Eduardo Pimentel (PSD), de Curitiba (PR), lidera no Sul, com 64% de aprovação.

  1. Eduardo Braide (PSD, São Luís – MA): 82% de aprovação
  2. Antonio Furlan (MDB, Macapá – AP): 78%
  3. Leo Moraes (Podemos, Porto Velho -RO): 75%
  4. JHC (PL, Maceió – AL): 73%
  5. João Campos (PSB, Recife – PE): 64%
  6. Eduardo Pimentel (PSD, Curitiba – PR): 64%
  7. Arthur Henrique (MDB, Boa Vista – RR): 64%
  8. Eduardo Paes (PSD, Rio de Janeiro – RJ): 59%
  9. Eduardo Siqueira (Podemos, Palmas – TO): 59%
  10. Bruno Reis (União, Salvador – BA): 56%
  11. Abílio Brunini (PL, Cuiabá – MT): 54%
  12. Evandro Leitão (PT, Fortaleza – CE): 52%
  13. Topázio Neto (PSD, Florianópolis – SC): 51%
  14. Emília Corrêa (Republicanos, Aracaju – SE): 49%
  15. Silvio Mendes (União, Teresina – PI): 48%
  16. Lorenzo Pazolini (Republicanos, Vitória – ES): 47%
  17. Igor Normando (MDB, Belém – PA): 42%
  18. Tião Bocalom (PL, Rio Branco – AC): 42%
  19. Cícero Lucena (MDB, João Pessoa – PB): 42%
  20. Paulinho Freire (União, Natal – RN): 41%
  21. Ricardo Nunes (MDB, São Paulo – SP): 40%
  22. Sandro Mabel (União, Goiânia – GO): 38%
  23. Sebastião Melo (MDB, Porto Alegre – RS): 38%
  24. Álvaro Damião (União, Belo Horizonte – MG): 28%
  25. David Almeida (Avante, Manaus – AM): 23%
  26. Adriane Lopes (PP, Campo Grande – MS): 14%

Confira o quadro completo da pesquisa:

– (AtlasIntel/Reprodução)

Para elaborar esta pesquisa, a AtlasIntel conduziu um total de 82.781 entrevistas online entre os dias 6 de outubro e 5 de dezembro deste ano. A margem de erro da pesquisa varia entre um e cinco pontos percentuais, dependendo da localidade.

Durante uma recente entrevista, o ministro da Educação, Camilo Santana, discutiu um assunto de grande importância para os profissionais da educação: o reajuste do piso salarial nacional dos professores para 2026. Embora o percentual exato de correção ainda não tenha sido revelado, o ministro enfatizou que a reposição da inflação está garantida, reafirmando o compromisso do governo federal em valorizar os educadores.

“Vamos esperar pelo percentual de correção que será divulgado em dezembro, para que possamos tomar as decisões necessárias. O essencial é que os professores não recebam menos do que a inflação”, destacou Camilo Santana.

Fiscalização do piso salarial pelo Ministério da Educação

Durante a conversa, o ministro ressaltou que o Ministério da Educação (MEC) está comprometido em assegurar que o piso salarial nacional seja respeitado em todo o Brasil. Ele mostrou preocupação com a sustentabilidade financeira dos estados e municípios, que são responsáveis pelo pagamento dos salários dos docentes da educação básica.

“O governo federal estabeleceu um grupo de trabalho que inclui representantes dos professores, municípios e estados, para discutir como garantir a sustentabilidade e o pagamento efetivo do piso”, explicou.

Camilo Santana também reconheceu que ainda existem muitos desafios jurídicos e administrativos a serem superados. Ele pontuou que há diversas ações judiciais em andamento no Brasil relacionadas a redes de ensino que não cumprem a totalidade do piso salarial nacional, mesmo após os ajustes anuais previstos por lei.

O piso salarial como prioridade nacional

A fala do ministro evidencia que o piso salarial dos professores persiste como uma prioridade na agenda do governo federal. A confirmação de que o reajuste de 2026 não ficará abaixo da inflação é considerada por entidades educacionais como um importante comprometimento com a manutenção do poder de compra dos docentes, dentro de um contexto de desafios econômicos e inflação.

O anúncio oficial sobre o percentual de reajuste está programado para dezembro, seguindo a prática comum, e terá um impacto direto nos salários dos professores nas redes públicas de ensino em todo o país.

O vídeo completo da entrevista realizada por Camilo Santana pode ser acessado no YouTube:

O governo de Santa Catarina anunciou a proibição total da importação, comercialização e distribuição de tilápia do Vietnã em todo o estado. Esta decisão foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial na quarta-feira (17).

De acordo com o documento oficial, essa medida foi tomada em resposta ao fato de que a liberação em nível nacional ocorreu antes da revisão formal dos protocolos sanitários e da adequada avaliação dos riscos associados ao TiLV (Tilapia Lake Virus) por parte das autoridades competentes.

Em abril deste ano, o governo federal havia autorizado novamente a importação da tilápia, que estava suspensa desde 2024 devido aos riscos de introdução do TiLV no Brasil. Esse vírus pode causar grandes danos à aquicultura de tilápias, com taxas de mortalidade que podem chegar a 90% entre os peixes afetados.

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Riscos associados à tilápia do Vietnã

Os principais fatores que levaram a essa proibição incluem:

  • a relevância estratégica da produção de tilápia para a aquicultura brasileira;
  • Santa Catarina estar entre os quatro maiores produtores de tilápia do Brasil;
  • a presença de riscos sanitários que podem impactar a saúde pública, além de possíveis consequências ambientais, econômicas e sociais que comprometeriam a aquicultura na região.

A portaria, assinada pelo Secretário Executivo da Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo, especifica que a proibição abrange tilápia do Vietnã em suas várias formas: “fresca ou congelada, inteira, eviscerada, em postas ou em filés”, destinada ao “consumo humano, alimentação animal, processamento industrial e quaisquer subprodutos”.

Os estabelecimentos que já tiverem adquirido esses produtos são obrigados a interromper imediatamente “a comercialização, a distribuição e qualquer forma de disponibilização dos mesmos”. A responsabilidade pela fiscalização recai sobre a Vigilância Sanitária, o Procon-SC e outros órgãos de defesa do consumidor, e o descumprimento da proibição poderá resultar em sanções administrativas.

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